domingo, 21 de outubro de 2007

Uma oportunidade

O que será que acontece naquele momento milagroso quando a gente tem uma idéia? Aposto que Einstein adoraria explicar. Imagino-o de madrugada com seu pijama conseguindo quase sem querer aquilo que procurou o dia inteiro, uma única idéia, um único pensamento...

Aposto também que você já solucionou os problemas do mundo em uma viagem de ônibus, desvendou mistérios universais em um sonho e teve a maior idéia de todos os tempos durante um banho...

“O Feudo recomenda que você pare de ignorar todas as coisas incríveis que pode fazer”.

feudodasilva@hotmail.com

mande um e-mail ;D

por: Guarda-Chuva Perdido

domingo, 14 de outubro de 2007

"comecei algumas coisas, mas andei jogando tudo fora. não sei se vou escrever tão cedo...
a falta de discussão. as confusões de palavras sem sentido de todos os dias intimidam meus pensamentos.
não sou uma metamorfose ambulante, sou uma idéia estática.
revolução é mudança.

estou assistindo tudo que é bom se deteriorando enquanto as pessoas dormem.

vou procurar quem fale de coisas do mundo e me inspire...
me desculpe pela falta de dedicação.
até um dia..."

Não é isso que se espera da maioria das pessoas que escrevem em blogs...

Mas como antes já fora dito, aqui não é um blog comum.!

Não é assim que eu quero ver o mundo, ou a mente das pessoas, quero opiniões, debates acirrados, brigas de facas ( \o/ ) e por que não um resumo disso para um mísero blog que tenta sua sobrevivência no ciberespaço.?!!

Não deixem seus neurônios morrerem, AINDA NÃO É A HORA..!!


Por: Esperança. u.u~

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A televisão engoliu meus pensamentos,
minhas idéias revolucionárias, meus neurônios,
minhas páginas e mais páginas de livros consagrados.
A televisão abduziu minha memória e tudo o que nela tinha:
minhas infância, os filmes pela metade, as conversas por telefone
e tudo mais que foi encontrando.
Esta, que não se cansa e que se farta,
se apoderou das aulas de francês, do rock 'n roll riscado
e das manhãs sonolentas.
A televisão descobriu meus segredos, minhas fobias!
Os pecados nunca confessados, amores antigos.
Absorveu tudo que estudara para o futuro, me deixou sem conteúdo,
sem conceitos, hipnotizada.
Ela também pegou para si meus poemas de amor jamais declarados,
minhas injúrias, meus personagens do dia-a-dia
e minhas críticas que nem são poucas!
E assim, me tirou do cotidiano e me deixou com os jogos de domingo,
as telenovelas à noite e todo dia o grande irmão.
E agora, é desse expectro que me tornei que tento fugir.
Por: Cansei de Big Brother!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A mediocridade, a quem serve...

Há dois fatos indiscutíveis na atualidade. O primeiro é a constatação do enorme avanço tecnológico, que tem facilitado a vida de milhões de pessoas. O segundo é a superficialização de idéias e sentimentos de outros tantos milhões de pessoas. É provável que haja correlação entre ambos, pois crescem na mesma proporção e velocidade. Isso quer dizer que já se configuram entrelaçados na mentalidade predominante em quase todo o planeta.
Mas se a vantagem do avanço tecnológico é indiscutível, quais seriam as vantagens da superficialização dos seres humanos, ou melhor, a quem serve?
A resposta começa a se desenhar quando verificamos que houve uma mudança de foco com o desprestígio do valor do trabalho e da educação de qualidade. Estes caracterizavam e davam direção à vida dos indivíduos, quando eram vistos como cidadãos, ou mesmo a caminho da cidadania, trajeto que vislumbrava várias conquistas sociais possíveis. Era a idéia do bem-estar social.
Nos últimos anos a idéia do sujeito-cidadão migrou para o conceito de objeto consumidor. Muitas pessoas não percebem, ainda, a diferença -como sempre útil a dominação- quando são tratadas como consumidores e não como cidadãos. Em outras palavras, vale mais quem tem e menos quem é; distanciando o valor entre o ter e o ser. As sociedades alinhadas na perspectiva da globalização, plugadas na tecnologia e no consumismo abandonaram, definitivamente, a perspectiva de educarem seres humanos para serem pessoas melhores. Verifica-se, então, a fetichização de objetos e tecnologias em grande escala e, para isso, o advento do marketing foi decisivo!
É claro que as sociedades sempre precisaram cuidar da escolarização de boa parcela de sua população, aliás, ainda quem cuida mais ( ensino técnico e mesmo não-humanístico ) ascende a melhores postos no mundo do trabalho, ganha melhor e... gasta mais! É por interesses mercadológicos que um portador de mente consumista, pouco crítico e nada interessado na cultura tende a ser desejável pelos poderosos segmentos econômico-finaceiros. Um adulto com mente infantilizada é mais competitivo, imitativo e invejoso. Eis aí um terreno tal qual o "diabo gosta", travestido com a aparência de modernidade, de avanço.
Outro aspecto que se apresenta é que, sob a enorme diversidade de desejos de consumo, instalou-se uma ideologia única. Houve também o controle de sentimentos medianos, possíveis de serem constatados, quando milhões de pessoas assistem, em tempo real, pela TV um acontecimento no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo e respondem com um mesmo pensamento básico, superficial, desinformado e, pasmem, geralmente respondem com as emoções mais superficiais possíveis. Qualquer profundidade passou a incomodar a maioria das pessoas.
A ideologia dominante proporciona uma avaliação rápida e quase igual de milhões de pessoas que atuam com os mesmos conceitos de certo/errado. Dificilmente poderiam aprofundar o que seria justo ou injusto. Neste ponto esbarramos com as limitações das informações padronizadas que chegam e com o desinteresse do telespectador pela verdade. Qualquer "explicação" ou "resposta" serve!
Convém apontarmos o poder dos meios de comunicação e principalmente da TV nisso tudo. Os jornais, por exemplo, salvo raras exceções, não aprofundam a notícia, não pesquisam a fonte nem se interessam por questões mais importantes. A TV, por sua vez, usa as notícias dos jornais (fornecidas pelas grandes agências internacionais) e tornam mais superficiais ainda o que filtraram dos jornais e... assim sucessivamente.
Tudo fica muito igual e igualmente superficial. O espectador-consumidor, em geral, agradece esse teor jornalístico, porque não precisa pensar, ou melhor, acha ser doutor em modernidade. No que se refere ao entretenimento, a TV não precisa de jornais. Ela mesma faz suas besteiras sozinhas. Torna tudo igual e de péssima qualidade!
O lamentável é que para um país como o nosso a TV é um núcleo pedagógico impressionante. Atentem para como atua sobre nossas crianças, transformando-as em sujeitos de pressão sobre seus pais, fazendo valer seus desejos autoritariamente. Imaginem seus filhos recebendo aulas brilhantes com os "educadores" da Globo, SBT e com os religiosos de outros canais. Certamente complementarão seu aprendizado como políticos que, quais vampiros, já estão a correr atrás de seus pais, todos versados em artimanhas eleitoreiras. O mais dramático é que a imensa maioria dos adultos abre largos sorrisos ou vira as costas a tudo isso.
Caros leitores, quando interesses mesquinhos predominam numa nação e quanto mais alienados forem seus partícipes, longe estaremos de nossa essência humanística. Quanto à TV, ao transmitir a todos um conteúdo contraditório de distração, informação e tradição cultural, utiliza-se de espaço público como se fosse propriedade privada, onde cada vez mais, os setores lúcidos de suas organizações perdem a força que precisam para promover mudanças saudáveis.
Se a mediocridade agrada a "gregos e troianos", dando a falsa idéia de hegemonia cultural, embora dominante, saibam que ficamos como Dante que, na "Divina Comédia", nos alerta que é possível começar a criar melhores espaços mesmo dentro do Inferno.

Texto de: Demerval Corrêa de Andrade - diretor-presidente do Instituto Argumentos-Ciência e Cultura, formulador da Psicologia da Ideologia. É psicólogo e escritor.

Concordar com esse texto é irremediável! Por mais que você se considere parte da população alienada, não há como negar sua participação consciente dessas constatações.

Por: Expectro televisivo...