quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Novo Ano Velho

Ano após ano, nos perguntamos o que queremos para o ano novo. Depois de escolher, para o Natal, uma única coisa entre as milhares de opções de objetos de consumo indispensáveis – o celular (com câmera fotográfica, mp3 e guia de abrigos anti-bomba embutidos), uma estranha máquina de “emagrecimento automático”, uma roupa que brilha, flerta e vai à festa sozinha - , resolvemos como nós seremos no ano que está por vir. É claro que a decisão já não tem nada com aquele seu antigo “eu”, um porco capitalista que só sabe consumir. Agora que você já tem todos os aparatos necessários à sua sobrevivência, basta começar a vida de verdade. Você não reclamará, estará sempre de bom humor, será gentil com todos ao seu redor, vai à igreja, vai ajudar instituições de apoio a crianças ou idosos abandonados... Certo?
Errado. O ano novo já não é mais fruto de nossa imaginação. Ele está aí. E, sabe, fica até chato continuar esse texto. Nós já sabemos que você não fará nada do planejado e talvez até piore. Então, vamos, sem torturas, à conclusão:
De nada adianta ter um ano novo que de novo não tem nada. Mas também não se acaba com milhares de vícios da noite para o dia, é necessário melhorar sempre e aos poucos. E isso não é lição de moral. Chamemos de troca de experiências.

O Feudo te deseja um Feliz Dia Novo todos os dias de 2008.

Disponha-se a aprender a mudar! Isso faz bem =D
Seja sempre melhor que antes.

Boa sorte

“A Exceção e a Regra
(Bertold Brecht)
Estranhem o que não for estranho.
Tomem por inexplicável o habitual.
Sintam-se perplexos ante o cotidiano.
Tratem de achar um remédio para o abuso
Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra.”
Por Rena Regurgitante

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