domingo, 8 de março de 2009

Haja Paciência!

Dizem que somente as pessoas virtuosas são capazes de admitir aquilo que não sabem. Nós sabemos, ao menos, que é algo difícil de fazer. Por outro lado, ditados não se aplicam a toda e qualquer situação. Vou explicar.

Exemplo: Na escola, admitir não saber algo é uma atitude comum. De certa forma, isso une as pessoas. Vai dizer que você não conhece/conheceu um grupinho que odeia/odiava matemática! Seus membros se reúnem para falar mal do professor, comemorar as faltas do dito cujo, comer chocolate nos dias de entrega de boletins, entre outras coisas.

Outra observação importante é que a conduta adotada por tais grupos não se estende ao nível das provas. Nestas, os alunos tentam, a qualquer custo, mostrar que sabem aquilo de que mal tem vagas lembranças.

Pois é, e assim selecionamos os momentos em que podemos relaxar e aqueles em que precisamos fingir. Natural, não?

Nem sempre. Vamos imaginar a seguinte situação que aconteceu comigo hipotética: Você está conversando com uma pessoa, jogando papo fora mesmo... É uma conversa qualquer, sem tensão... Repentinamente, vocês chegam a um assunto que você não conhece com profundidade. Você, uma pessoa simples e humilde (cof cof), não vê motivos para não admitir que seus conhecimentos no assunto não são vastos.

Entenda bem. Não estou falando de estufar o peito e exibir sua ignorância para o mundo. Estou falando de admitir simplesmente que você não sabe aquilo especificamente. Porém, a pessoa, que até então parecia bastante compreensiva, não deixa barato e resolve te explicar as coisas mais básicas e elementares sobre o assunto; trocando em miúdos, a pessoa te diz tudo aquilo que você já sabe.

Ainda que isso não tenha acontecido com você, não deve ser difícil entender como é frustrante. É como admitir que você não é muito bom em redação e, instantaneamente, se ver em uma aula sobre vogais! (aquela que você teve na pré-escola, com a Tia Maricota, e sobre a qual não restam dúvidas).

Enfim, os antigos já nos deixaram muitas lições sobre virtude, porém esqueceram-se de um aviso essencial. Este, poderia ser resumido em uma simples expressão: “Haja paciência!”.

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